Escolher corretamente entre os regimes tributários disponíveis no Brasil é uma das decisões mais estratégicas para qualquer empresa.
Um enquadramento inadequado pode significar pagamento excessivo de impostos ou até problemas com o Fisco.
Neste artigo, você vai entender o que são regimes tributários, quais as principais opções disponíveis e como identificar a alternativa mais vantajosa para o seu negócio.
O que são regimes tributários?
Os regimes tributários são conjuntos de normas que determinam a forma como uma empresa deve calcular e recolher seus tributos.
A escolha do regime impacta diretamente na carga tributária, nas obrigações acessórias e até mesmo na competitividade do negócio.
Quais são os principais regimes tributários no Brasil?
Atualmente, as empresas podem optar por três regimes tributários:
- Simples Nacional
- Lucro Presumido
- Lucro Real
A seguir, vamos explicar as características de cada um.
Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime simplificado voltado para micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Ele unifica o pagamento de diversos tributos em uma única guia (DAS).
Vantagens:
- Unificação de tributos federais, estaduais e municipais
- Redução de burocracia
- Alíquotas reduzidas para diversas atividades
Desvantagens:
- Nem todas as atividades podem aderir
- Cálculo do imposto baseado na receita bruta, sem considerar despesas
Lucro Presumido
O Lucro Presumido é indicado para empresas com faturamento de até R$ 78 milhões por ano, que possuem margens de lucro previsíveis.
O imposto é calculado com base em uma margem de lucro presumida pelo governo, que varia conforme a atividade da empresa.
Vantagens:
- Regime mais simples que o Lucro Real
- Possibilidade de pagar menos impostos se a margem de lucro real for maior do que a presumida
Desvantagens:
- Não considera despesas operacionais
- Empresas com margens de lucro menores podem acabar pagando mais impostos
Lucro Real
O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões ou para aquelas com atividades específicas (como instituições financeiras). Os tributos são calculados com base no lucro líquido contábil da empresa.
Vantagens:
- Permite dedução de todas as despesas operacionais
- Ideal para empresas com margens de lucro baixas ou prejuízos fiscais
Desvantagens:
- Mais burocrático
- Exige controle contábil rigoroso
Tabela comparativa entre os regimes tributários

Abaixo, uma tabela para visualizar as principais diferenças entre os três regimes tributários:
Característica | Simples Nacional | Lucro Presumido | Lucro Real |
Faturamento Anual Máximo | R$ 4,8 milhões | R$ 78 milhões | Sem limite |
Forma de Cálculo | Receita Bruta | Margem de Lucro Presumida | Lucro Efetivo |
Abrangência de Tributos | Unifica tributos federais, estaduais e municipais | Tributos apurados separadamente | Tributos apurados separadamente |
Obrigações Acessórias | Simplificadas | Moderadas | Elevadas |
Possibilidade de Dedução | Não | Limitada | Ampla |
Indicado para | Pequenas empresas | Empresas com lucro previsível | Empresas com lucros baixos ou variáveis |
Como escolher entre os regimes tributários?
A escolha entre os regimes tributários deve considerar vários fatores:
Faturamento anual
O limite de receita é o primeiro critério de elegibilidade. Empresas com faturamento acima de R$ 4,8 milhões, por exemplo, não podem optar pelo Simples Nacional.
Margem de lucro
Empresas com margens elevadas podem se beneficiar do Lucro Presumido. Já aquelas com margens pequenas ou prejuízo devem considerar o Lucro Real.
Natureza da atividade
Alguns CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) são excluídos do Simples Nacional. Além disso, setores como o financeiro são obrigados a adotar o Lucro Real.
Volume de despesas operacionais
Se sua empresa possui muitas despesas que podem ser deduzidas, o Lucro Real pode proporcionar economia significativa.
Estrutura contábil
Se a empresa ainda não tem uma contabilidade organizada, o Simples Nacional tende a ser mais acessível. Já o Lucro Real exige uma estrutura mais robusta.
Erros comuns na escolha dos regimes tributários
Abaixo, alguns dos erros mais recorrentes:
- Escolher o Simples Nacional apenas pela simplicidade, sem considerar se é o mais vantajoso
- Permanecer no Lucro Presumido mesmo quando os custos aumentam e a margem reduz
- Ignorar a possibilidade de compensação de créditos no Lucro Real
- Não consultar um contador especializado para revisar periodicamente o enquadramento
Quando mudar de regime?
A mudança de regime tributário deve ser feita no início de cada ano-calendário.
No entanto, alterações no faturamento, estrutura de custos ou no modelo de negócio podem justificar a revisão da opção tributária.
Um bom planejamento tributário e o acompanhamento próximo com a contabilidade são fundamentais para garantir a melhor decisão.
A importância do apoio contábil
Contar com uma equipe de contabilidade consultiva faz toda a diferença na escolha do regime ideal. Um contador especializado consegue simular cenários, fazer análises comparativas e apontar oportunidades de economia tributária sem colocar a empresa em risco.
Conclusão
Os regimes tributários influenciam diretamente na lucratividade e na conformidade fiscal da sua empresa.
Escolher a opção mais adequada exige análise técnica, planejamento e acompanhamento constante.
Essa não é uma decisão que deve ser tomada com base apenas na simplicidade ou em recomendações genéricas.
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