O RPA no Imposto de Renda gera muitas dúvidas entre profissionais autônomos e contratantes. O Recibo de Pagamento Autônomo é utilizado quando uma pessoa física presta serviços para uma empresa sem vínculo empregatício e precisa formalizar a remuneração recebida.
Apesar de parecer simples, o preenchimento incorreto ou a omissão dessas informações pode levar o contribuinte à malha fina da Receita Federal. Por isso, entender como funciona a tributação e o processo de declaração é fundamental para manter a regularidade fiscal.
Neste artigo, vamos explicar em detalhes como declarar RPA no Imposto de Renda, quais são as obrigações de quem paga e de quem recebe, e trazer exemplos práticos para facilitar o entendimento.
O que é o RPA?

O Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) é um documento que formaliza a remuneração de um prestador de serviço autônomo. Ele é usado principalmente quando não há contrato de trabalho regido pela CLT, mas existe a necessidade de comprovar o pagamento.
Ao emitir o RPA, já são calculados e retidos alguns tributos, como:
- INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
- ISS (Imposto Sobre Serviços), quando aplicável
- IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), dependendo do valor
Essas retenções são obrigatórias e variam conforme a natureza do serviço e o valor pago.
Quem deve declarar o RPA no Imposto de Renda?
A responsabilidade pela informação no Imposto de Renda depende da posição do contribuinte:
- Autônomo que recebeu via RPA: deve incluir os valores como rendimentos tributáveis.
- Empresa que pagou via RPA: deve registrar os pagamentos e informar a retenção dos impostos, entregando o comprovante ao prestador.
Em outras palavras, tanto quem paga quanto quem recebe têm obrigações distintas diante da Receita Federal.
Como declarar RPA no Imposto de Renda
O profissional autônomo precisa incluir os recebimentos de RPA corretamente no programa da Receita Federal. Veja o passo a passo:
1. Informe os rendimentos
- Acesse a ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”.
- Informe o CNPJ da empresa pagadora, os valores recebidos e o imposto de renda retido, se houver.
2. Declare o INSS
- O valor retido de contribuição previdenciária também deve ser informado.
- Esse valor pode ser utilizado para fins de dedução no cálculo do IR.
3. Considere o ISS
- Caso o serviço prestado seja sujeito ao ISS, esse valor também precisa ser informado.
- Geralmente, a empresa contratante já faz o recolhimento e repassa ao município.
4. Guarde os comprovantes
- Mantenha os RPA’s arquivados. Eles servem como prova em caso de divergências com a Receita Federal.
Exemplo prático de declaração
Imagine que um profissional autônomo prestou serviços para uma empresa e recebeu R$ 5.000,00 via RPA em um mês. No recibo, foram descontados:
- INSS: R$ 550,00
- ISS: R$ 100,00
- IRRF: R$ 150,00
Na declaração do Imposto de Renda, ele deverá informar:
- Rendimentos tributáveis: R$ 5.000,00
- Imposto retido na fonte: R$ 150,00
- Contribuição previdenciária: R$ 550,00
Esse detalhamento permite que a Receita Federal faça o cruzamento das informações corretamente.
Diferença entre RPA e Nota Fiscal
Muitos profissionais autônomos confundem o uso do RPA com a emissão de nota fiscal.
| Aspecto | RPA | Nota Fiscal |
| Quem pode emitir | Pessoa física autônoma | Pessoa jurídica (MEI, Simples Nacional, Lucro Presumido etc.) |
| Tributos | Retidos na fonte (INSS, IRRF, ISS) | Dependem do regime tributário da empresa |
| Finalidade | Regularizar serviços de autônomos | Formalizar serviços de empresas |
| Exigência legal | Não exige CNPJ | Exige inscrição municipal e CNPJ |
O RPA no Imposto de Renda é indicado para autônomos que não possuem empresa aberta. Já para quem possui CNPJ, a emissão de nota fiscal é obrigatória.
Erros comuns ao declarar RPA no Imposto de Renda
Muitos contribuintes acabam cometendo falhas ao lançar os valores. Os principais erros incluem:
- Informar apenas o valor líquido recebido, sem os descontos.
- Omitir rendimentos de diferentes empresas.
- Não lançar corretamente o imposto retido na fonte.
- Desconsiderar o valor da contribuição previdenciária.
Esses deslizes podem gerar multas e até cair na malha fina.
Perguntas frequentes sobre RPA no Imposto de Renda
O autônomo pode deduzir despesas relacionadas ao serviço?
Não diretamente no RPA. As deduções já estão contempladas nos descontos obrigatórios.
É preciso declarar RPA de valores baixos?
Sim. Todo rendimento tributável deve ser informado, independentemente do valor.
O que acontece se eu não declarar?
A omissão pode gerar multa de até 20% sobre o imposto devido e penalidades adicionais.
Dicas para manter a regularidade
- Organize todos os RPA’s recebidos ao longo do ano.
- Confirme se os valores declarados pela empresa contratante estão corretos.
- Utilize softwares de gestão ou apoio contábil para facilitar o processo.
- Em caso de dúvida, busque ajuda profissional para evitar problemas com a Receita.
Tabela: Onde lançar cada informação do RPA no Imposto de Renda
| Item do RPA | Onde declarar no programa da Receita |
| Valor bruto recebido | Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ |
| INSS retido | Contribuição Previdenciária Oficial |
| IRRF retido | Imposto Retido na Fonte |
| ISS | Normalmente já recolhido pela empresa, não precisa ser informado separadamente |
Por que contar com apoio contábil na declaração de RPA?
Declarar corretamente o RPA no Imposto de Renda exige atenção e conhecimento das regras da Receita Federal. Além disso, cada caso pode ter particularidades, como diferentes retenções ou serviços prestados em cidades com legislações distintas de ISS.
Um contador especializado garante que todos os valores sejam lançados corretamente, evita inconsistências e ainda pode identificar formas de reduzir a carga tributária de forma legal.
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