O Microempreendedor Individual (MEI) foi criado para simplificar a formalização de pequenos negócios no Brasil. Com tributação reduzida e menos burocracia, ele se tornou a porta de entrada para milhares de empreendedores.
Mas, à medida que a empresa cresce, surge a dúvida: quando deixar de ser MEI e migrar para outro regime tributário em 2025? Essa decisão pode trazer mais oportunidades de expansão, além de evitar problemas com a Receita Federal.
Neste artigo, vamos detalhar os limites do MEI, as situações em que é necessário migrar, os prós e contras da mudança e se realmente vale a pena deixar esse regime em 2025.

O que é o MEI e por que ele é tão popular
O MEI foi regulamentado pela Lei Complementar nº 128/2008 com o objetivo de facilitar a legalização de pequenos negócios. As principais vantagens incluem:
- Pagamento mensal reduzido de tributos via DAS.
- Dispensa de escrituração contábil formal.
- Acesso a benefícios previdenciários.
- Emissão de notas fiscais de forma simplificada.
No entanto, esse modelo tem limites de faturamento, número de funcionários e atividades permitidas. É justamente nesses pontos que surge a dúvida sobre quando deixar de ser MEI.
Limite de faturamento do MEI em 2025
Em 2025, o faturamento anual máximo do MEI permanece em R$ 81 mil. Isso significa, em média, R$ 6.750 por mês.
Se o empreendedor ultrapassar esse valor, há duas situações:
- Excedente até 20% do limite: o negócio ainda permanece como MEI naquele ano, mas precisa migrar para o Simples Nacional no ano seguinte.
- Excedente acima de 20%: o desenquadramento é imediato, e a empresa precisa recolher tributos retroativos.
Esse é o principal motivo para avaliar quando deixar de ser MEI, já que o crescimento natural do negócio pode tornar inviável a permanência no regime.
Outras situações em que o MEI deixa de ser opção
Além do faturamento, existem outros fatores que levam o empreendedor a analisar quando deixar de ser MEI:
- Número de funcionários: o MEI só pode ter 1 empregado contratado.
- Atividades permitidas: algumas atividades não estão enquadradas no MEI e exigem outro regime.
- Sócios: o MEI não pode ter sócios; se houver necessidade de sociedade, é preciso migrar para outro tipo de empresa.
- Investimentos maiores: para atrair investidores ou participar de licitações, muitas vezes é necessário ter outra estrutura jurídica.
Benefícios de migrar do MEI para outro regime
Muitos empreendedores temem sair do MEI, mas existem vantagens que mostram que pode ser um bom momento para evoluir. Entre elas:
- Possibilidade de contratar mais funcionários.
- Maior credibilidade com bancos e fornecedores.
- Participação em licitações públicas.
- Flexibilidade para crescer sem limitações de faturamento.
Saber quando deixar de ser MEI não significa apenas sair por obrigação, mas também enxergar oportunidades de crescimento.
Principais opções ao deixar o MEI
Ao sair do MEI, os principais regimes tributários são:
Simples Nacional
Indicado para empresas com faturamento até R$ 4,8 milhões por ano. É simplificado e tem alíquotas reduzidas.
Lucro Presumido
Adequado para empresas de médio porte que ultrapassam o limite do Simples. A tributação é baseada em uma margem presumida de lucro.
Lucro Real
Mais complexo, é obrigatório para grandes empresas ou setores específicos. Baseia-se no lucro contábil efetivo.
Tabela comparativa: MEI x Simples Nacional x Lucro Presumido
| Aspecto | MEI | Simples Nacional | Lucro Presumido |
| Limite de faturamento | Até R$ 81 mil/ano | Até R$ 4,8 milhões/ano | Até R$ 78 milhões/ano |
| Número de sócios | Não permitido | Permitido | Permitido |
| Funcionários | 1 | Vários | Vários |
| Obrigações acessórias | Declaração anual (DASN-SIMEI) | Declarações mensais e anuais | Declarações mais complexas |
| Carga tributária | Valor fixo mensal | Percentual sobre o faturamento | Percentual sobre faturamento/lucro |
| Indicado para | Pequenos negócios | Empresas em expansão | Negócios de médio porte |
Essa tabela ajuda a visualizar as diferenças e entender melhor quando deixar de ser MEI em função do crescimento do negócio.
Sinais de que está na hora de sair do MEI em 2025
Alguns indicadores mostram que é hora de avaliar seriamente a mudança:
- Seu faturamento anual já está perto de R$ 81 mil.
- Você precisa contratar mais de um funcionário.
- Deseja abrir sociedade com um sócio.
- Precisa de crédito maior junto a bancos.
- Quer aumentar a competitividade em licitações.
Esses pontos mostram não apenas quando deixar de ser MEI, mas também que essa transição pode abrir portas para novas oportunidades.
Vale a pena deixar o MEI em 2025?
A resposta depende do momento do negócio. Para quem ainda está começando, o MEI continua sendo a forma mais simples e barata de formalizar a empresa.
Por outro lado, para quem já está crescendo e se aproximando dos limites, avaliar quando deixar de ser MEI é uma decisão estratégica. Migrar para o Simples Nacional, por exemplo, permite ampliar o negócio, contratar funcionários e aumentar a receita sem restrições.
Portanto, em 2025, sair do MEI pode significar não apenas uma obrigação, mas também uma oportunidade de expansão sustentável.
Como fazer a transição de forma segura
Deixar o MEI envolve procedimentos burocráticos e fiscais, como desenquadramento no Portal do Simples Nacional, alteração do registro na Junta Comercial e adaptação da contabilidade.
Para não correr riscos de pagar tributos de forma incorreta, é fundamental contar com apoio especializado. Um contador pode analisar o faturamento, as perspectivas de crescimento e indicar o melhor regime tributário.
Conte com a Numerum Contabilidade para dar o próximo passo
Se você está em dúvida sobre quando deixar de ser MEI e migrar para outro regime em 2025, não precisa enfrentar essa decisão sozinho.
A Numerum Contabilidade oferece suporte completo para ajudar sua empresa a crescer de forma estruturada, reduzir riscos fiscais e aproveitar as oportunidades do mercado.